Estava querendo voltar a falar da minha vida aqui. Pequenos causos e opiniões desnecessárias sobre tudo não faltam, tenho um monte de anotações. Mas está me faltando tempo, está me faltando método e frequência.
Não sei “agora vai”, mas agora foi. E, como tradição, deixando aqui a capa do meu terceiro diário, que um caderninho que funcionou como tal de 09/05/1989 à 20/06/1989 (fiz uma conta rápida e teria facilmente mais de 200 cadernos se todos fossem assim...)
Meu celular é velhinho, de antes da pandemia - 2017, parece - e aos poucos estava morrendo: alguns apps estavam avisando que logo teria de desistir de usar ele (Instagram), outros simplesmente não o aceitavam mais (Uber e, pior, PokemonGo). A pá de cal começou quando o botão de desligar travou de vez: por sorte, é um aparelho antigo e tem um botão de ligar na tela, mas sempre tinha de esperar o bonito desligar sozinho, no ritmo dele, antes de por no bolso. Senão daria, e deu algumas vezes, merda.
Ah, tinha a bateria, que morria do nada. Aí religava (usava uma moedinha para forçar o religamento, que era pelo botão quebrado...) e a bateria tinha carga. Ou tinha e zerava logo em seguida, estas distorções do tempo/espaço/energia que eletrônicos portáteis carregam dentro de si.
(pausa: escrevi “eletrônicos portáteis” e pensei que não faz muito tempo tínhamos uma fauna enorme deles - palms, tocadores de mp3, calculadoras, netbooks, câmeras, etc - e agora tudo se reduziu ao binômio celular/tablet. Acho isso uma pobreza danada)
Bom, aproveitei as promoções do mês do meu aniversário, me presenteei com um novo - mais uma necessidade que um prêmio. Tive problemas com a entrega, tive de reclamar com a loja e quando a encomenda finalmente chegou, vi que eu tinha ansiedade pela chegada de algo para mim, não de ter um celular novo...
Cara, não gosto de celular não. É prático, mas só existe na minha vida porque tenho de sair de casa e viver coisas chatas na minha rotina. Quase tudo o que faço de “legal” nele faço melhor em casa, sem celular.
É isso. Não vou discutir a mania de alguns de trocar aparelho constantemente, com recursos cada vez potentes que nunca serão usados (“comprar Ferrari para ir na padaria apenas” é a minha metáfora). Cada um ostenta e gasta como quer, a gente aqui em casa é com uma estante enorme e bem abastecida :P
(Só falta tempo para ler, o que seria ostentar bem mais ^^')
Lá no início de maio, uma segundona depois do trampo, passei em frente ao mercado e à querida pastelaria que tem do lado. Como faltava coisas na geladeira, achei que era momento de passar no supermercado. Antes disso, passei no estabelecimento vizinho, pedi dois pastéis e aí sim fui fazer a reposição doméstica.
Cheguei em casa e “dona namorada, vamos fazer piquenique?”.
Claro! Pegamos também duas coquinhas e fomos comer pastel sentadas no parque do museu, já que sempre passamos por lá para fazer caminhada =)
Uma sexta-feira dessas - a do apagão! - saí do serviço, peguei monotrilho, subi trocentos quarteirões, cheguei em casa e descobri que um dos meus brincos estava sem uma das tarraxinhas o.o' Deveria ter caído em qualquer lugar, pensei.
Na segunda estou eu trabalhando, quando algo cai da minha mesa, vou pegar e o que encontro?
Pois é, milagres acontecem e considero esse um milagre duplo: o do brinco ter chegado em casa na minha orelha e ter reencontrado o encaixe dele depois de dias.